01 janeiro 2003

A posse

* A queda do cavaleiro e seu cavalo da escolta presidencial, no início do desfile, era o primeiro sinal de uma série de trapalhadas que se sucederiam na posse de Lula.

* A seguir, veio um maluco e se atracou com o presidente eleito dentro do carro, durante o desfile, dando um abraço que deve ter ajudado bastante na bursite do Lula.



* Mais tarde, depois de um solavanco, quase que o Lula e o vice foram defenestrados do carro.

* Na cerimônia na Câmara dos Deputados, o deputado Severino Cavalcanti quebrou o protocolo e a nossa paciência, dizendo que, assim como Lula, também era um retirante nordestino. O papagaio de pirata podia ter aproveitado o ensejo e, já que era um retirante, se retirar pra sempre.

* Na mesma linha do mala anterior, o Presidente do Senado quis fazer uma gracinha dizendo que Lula havia assinado o termo de posse com a sua caneta e que por isso o presenteava com a mesma. Pra tanto desprendimento, provavelmente, a caneta deve ser uma daquelas de “três-por-um-real” de algum camelô do planalto central. Queria ver o Tebet fazer a oferta se fosse uma legítima montblanc...

* Por falar em canetas, que mixurucas aquelas bics que o Gilberto Gil (Ministro da Cultura) e o Cristóvão Buarque (Ministro da Educação) usaram pra assinar as suas posses no Ministério. Será que até na hora da posse dos seus ministros, a educação e a cultura são pobrezinhas?

* Na hora da saída da Câmara dos Deputados, Lula fez uma parada técnica. Na transmissão da Globo, o Franklin Martins e o Alexandre Garcia, de início, disseram que o presidente fora trocar de camisa. Como o tempo ia passando e eles não tinham mais o que falar, resolveram ir direto ao assunto (que todo mundo já sabia) e disseram que o Lula tinha ido ao banheiro, “para provavelmente fazer um pipi”. Sei não. Como o Lula ainda demorou um bocado pra sair do tal privativo, acho que ele foi fazer um número 2, mesmo...

* O Rolls Royce tendo que ser empurrado pra subir uma rampinha foi a segunda imagem do dia.


Segurança: Presidente, pode dar uma mãozinha pra gente?

* O novo Ministro da Defesa é canhoto. Quem diria que um dia as nossas briosas Forças Armadas seriam comandadas por um legítimo esquerdista?

* O cumprimento de Ciro Gomes em Fernando Henrique foi mais frio do que um iceberg. Se pudessem, ainda teriam desinfetado as mãos.

* Na descida da rampa, uma fã alucinada pede pra Lula tirar uma foto com ele. A mulher se agarra no presidente, empresta a máquina pra alguém e a foto é batida. Não satisfeita, a dona ainda implora por mais uma foto. Lula diz que precisa seguir em frente. Ela insiste. A segurança a afasta. Se o Lula concordasse a mulher ia ficar por ali, fazendo um book com ele.

* Fernando Henrique saiu pelo elevador privativo pra evitar a gigantesca vaia que certamente receberia dos militantes petistas se tivesse escolhido sair pela rampa.

* É impressão minha ou a Dona Ruth Cardoso, cada dia que passa, fica mais parecida com FHC?

* Lula não parava de tossir. Afinal, a cerimônia era da posse ou da tosse?

* Sem querer ofender: havia banheiro pra todo mundo que estava nos gramados da Esplanada dos Ministérios?

* Por que ninguém teve a idéia de chamar o Vampeta pra dar umas, como ele mesmo diz, cambaliotas na rampa? O Lula, como torcedor do Corinthians, ia gostar.

* A grande lambança do dia: A colocação da faixa presidencial.


Vou te mostrar como é, Lulinha. É assim. A gente pega a faixa, dá uma esticadinha, na hora de colocar dá uma porrada nos próprios óculos e se enrola todo. Hehehehehehehe... Que merda, hein?!

*

Cavalo e cavaleiro caem na rua. Eu quase me estabaquei no banco do carro. FH se enrola na colocação da faixa. Mulher pede pra tirar foto na rampa. O outro me agarra na hora do desfile. O carro presidencial tem que ser empurrado. Esse negócio de posse presidencial é muito engraçado, companheiro... hehehehehehehe...

*


Ufa! Felizmente, Dallas não é aqui.