A volta
Olha só quem voltou...
Millor, impossível.
Desde sexta-feira minha vida perdeu o sentido. Estou em frangalhos. A minha melhor amiga me abandonou. Por um motivo tão banal... Privacidade. Ela queria que eu respeitasse a privacidade dela. Que não a expusesse quase que diariamente para todo mundo. Ora, bastava me falar. Afinal, não éramos amigas? Tudo bem, reconheço que exagerei em alguns momentos do nosso relacionamento. Centenas de fotos, dezenas de colunas, posts no blog... Mas, a nossa história era tão linda e ela, tão maravilhosa, que eu a queria dividir com vocês, caros leitores.
Agora, estou sentada aqui às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, digitando este texto no meu novo palm (com câmera embutida, wireless etc), com o olhar perdido em direção ao espelho d'água... Tristeza. Anteriormente, assim que chegava por aqui, a minha amiga logo aparecia e ficávamos horas a fio nos observando.
Sexta-feira, ela resolveu desaparecer da minha vida. Aproveitando-se do fato que eu estava ocupada na redação fechando o caderno de encarte de ofertas de informática do jornal, ela foi embora. Fugiu em direção a Praia do Arpoador. Aquele gordinho da Defesa Civil que aparece em tudo que é reportagem e seus companheiros ainda tentaram evitar a fuga. Depois de inúmeras tentativas frustradas, desesperada, a minha amiga mergulhou no mar revolto de Ipanema. O tal gordinho, após levar diversos olés, disse que ainda ouviu de minha amiga um "eu não agüento mais tanto assédio" antes dela desaparecer na águas. Se nem a Lady Di que era a Lady Di agüentou, a minha amiga também não agüentaria a pressão.
Quando tudo parecia caminhar para um fim trágico, eis que a minha amiga é encontrada exausta na Praia de Copacabana. A minha princesinha na Princesinha do Mar... Leio nos jornais que ela passou a noite de sexta-feira fazendo um check-up em Niterói e no sábado foi encaminhada para a sua nova residência, às margens da Baía de Guanabara.
Como disse antes, a minha vida perdeu o sentido. Ela era tudo pra mim. A minha querida amiga. Companheira de pedaladas noturnas pelas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Único assunto de minhas colunas. Modelo de minhas fotos digitais. E agora? O que eu vou fazer da minha vida? Por que ela fez isso comigo?
Isso não pode ficar assim. Eu vou lutar. Vou fazer abaixo-assinado, campanha no blog, passeata domingo pela manhã na Lagoa, distribuir panfletos na orla, pendurar faixas-protesto nas janelas dos prédios da Zona Sul, criar camisetas, o que for necessário pra convencer a minha querida amiga a retornar. Prometo não escrever mais sobre ela. Nenhuma foto será publicada. Ou seja, as colunas do jornal desaparecerão por falta de assunto. Paciência.
Tudo por um único objetivo:
EU QUERO A MINHA CAPIVARA DA LAGOA DE VOLTA!
(*) Adora Rosnai é colunista do Comentando e escreve sempre que o assunto for a capivara da Lagoa ou outra inutilidade qualquer.
Outro a 1 real
Rosinha sofre acidente de carro e aproveita pra lançar um novo programa:
HorroRosinha no momento em que lançava o "Programa Colete Cervical a Um Real"
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