16 julho 2004

PitFamíla
 
Deu no Globo: ?Pitfamília surra guarda?.
 
O médico (e monstro) Luis Cláudio de Souza Azevedo e sua mulher Regina, com o apoio logístico de sua filha menor de 17 anos, deram uma surra num agente de trânsito em Niterói (RJ). O motivo da revolta da família ?Porrusca? foi a aplicação de uma multa de trânsito porque o carro dirigido pelo doutor avançou um sinal vermelho.
 
Ao perceber que havia sido multado, o patriarca, ou melhor o potroarca, parou o carro e junto com a pitfamília partiu pra cima do guarda. A potroa segurou o agente pelo colete e com as unhas fez um esboço de guia rex nos braços dele. Em seguida, inspirado no músico Chorão do Charlie Brown Jr, o potroarca deu um soco no olho direito de lo Hermano guardita, derrubando-o e a dupla em fúria começou a chutá-lo no chão. No final, pra não destoar do estilo animalesco da família, a filha de 17 anos revelou-se uma autêntica cachorra, dando-lhe uma portentosa mordida na bochecha esquerda. 
 
A família bandida ainda tentou fugir, mas foi detida e levada pra delegacia. O guarda foi medicado e ainda deve tomar umas injeções na barriga pra evitar que seja contaminado pela raiva da cachorra da pitfamília.
 
http://oglobo.globo.com/fotos/040713_capa_guarda_b.jpg>
Se eu fiquei assim por causa da família Azevedo, imagina se fosse a família Gracie...
 
 
Utilidade púbica
 
Pra você que é chegado a uma festinha privê mais animada com os amigos, regada a bebidinhas, mulheres etc etc etc, dá uma espiada na decisão do Tribunal de Justiça de Goiás pra depois não ficar reclamando que ?não sabia?, ?não me lembro?, ?e agora??, ?tanta gente e logo comigo???!!!?...
 
Orgia tem regra: ninguém é de ninguém. Tribunal decide que quem participa não pode reclamar do que aconteceu.
 
Êêêêêêêêpa!!!!!
 
O Tribunal de Justiça de Goiás decidiu que o homem que, por vontade própria, participar de uma sessão de sexo grupal e, em decorrência disso, for alvo de sexo passivo, não pode declarar-se vítima de crime de atentado violento ao pudor.
 
Tudo aconteceu porque Luziano (agora, Luziana) Costa (foi por aí mesmo) da Silva acusou um amigo de ter praticado contra ele, durante uma orgia, ?ato libidinoso diverso da conjunção carnal porque estava alcoolizado?. Ou seja, o amigo levou ao pé (e a outras partes também)-da-letra o ditado popular de que ?cu de bêbado não tem dono?.
 
Pra você que, ao contrário do amigo do(a) Luziano(a), não está muito por dentro do assunto, vou transcrever e cometnar algumas partes da histórica decisão, com a devida tradução pra linguagem jurídica popular.
 
?Se o indivíduo, de forma voluntária e espontânea, participa de orgia promovida por amigos seus, não pode ao final do contubérnio dizer-se vítima de atentado violento ao pudor?.
 
Numa suruba, ou você toma conta do seu ?contubérnio? ou não reclama depois.
 
?Quem procura satisfazer a volúpia sua ou de outrem, aderindo ao desregramento de um bacanal, submete-se conscientemente a desempenhar o papel de sujeito ativo ou passivo, tal é a inexistência de moralidade e recto neste tipo de confraternização.?
 
Na contabilidade sexual-financeira de uma suruba, você pode ser lançado tanto na coluna do ativo quanto na do passivo.
 
Apenas uma pequena discordância do eminente relator: nesse tipo de ?confraternização? pode não haver moralidade. Mas, data vênia, recto é o que não falta...
 
?Esse tipo de conchavo concupisciente, em razão de sua previsibilidade e consentimento prévio, afasta as figuras do dolo e da coação.?
 
Aqui deve ter havido algum erro de digitação. A expressão correta deve ser ?esse tipo de conchavo com cu presente, em razão...?.
 
Definitivamente, o(a) tal do(a) Luziano(a) não anda com sorte. Foi enrabado duas vezes. Pelo amigo e pela Justiça.
 
 
 
Por falar em
 
Essa decisão me fez lembrar uma declaração do ator Paulo César Pereio que eu li certa vez no blog do sumido Rodrigo Rodrigues (www.guitarman.blogspot.com):
 ?Fui expulso de uma suruba por mau comportamento?.
 
 

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