20 fevereiro 2004

Vai-vai embora

A Justiça da São Paulo determinou que o megapopstar da bandidagem, Fernandinho Beira-Mar, retorne pro Rio de Janeiro.

Depois de cumprir mais uma etapa de sua longa carreira nas celas da paulicéia, Beira-Mar deve ser transferido para um presídio de (in)segurança máxima carioca.

A justiça paulista deve ter levado em conta que a situação de Fernandinho era de extrema crueldade: ele passava os dias conversando com um grilo que, para desespero dele, nem era o falante.

Mas o que deve ter pesado mesmo nessa sábia decisão do judiciário de Sampa, à véspera dos festejos momescos, foi o fato de que poderia ser considerado crime de tortura obrigar alguém a passar o carnaval em São Paulo. Mesmo que fosse em cana.

Confirmada o retorno pro Rio de Janeiro, Beira-Mar ainda não se pronunciou se, em caso de nova fuga, vai assistir ao desfile das escolas de samba no camarote da Brahma ou da Nova Schin.

Uma coisa ele já garantiu: a fuga vai ser uma mistura da Skol com a Antártica. Vai descer redonda e numa boa.



Raciocínio lógico

Juntando as declarações do ministro José Dirceu de que os atos praticados pelo seu assessor Waldomiro Diniz ocorreram antes de ele entrar por governo petista e do presidente do Partido, José Genoíno, de que ele não era filiado ao PT, podemos fazer o seguinte raciocínio:

Se Fernandinho Beira-Mar fosse nomeado pra um cargo no governo petista e se filiasse ao partido, os Zés Dirceu e Genoíno iriam considerá-lo imediatamente regenerado, quiçá pronto pra ser canonizado?



Zérramos