21 janeiro 2004



Ano novo, vida nova, e nenhuma idéia na cabeça. Eis que me chega o Beto com a cara mais tranqüila do mundo:

- Escreve um texto especial para o dia 22, que o blog faz 2 anos.

Béin! Béin! Alerta vermelho!!!! Pânico total!!!! Putz, não consigo escrever nem uma historinha trivial, quanto mais um “texto especial para edição de aniversário”! Nesses momentos se torna inevitável a clássica pergunta: “quicoto fazendo aqui?”

Fiquei, então, pensando em como vim parar no “Comentando”, e lembrei que o respeitável público não faz a menor idéia de quem eu seja. Imaginei, num momento megalomaníaco, uma grande dúvida nacional, no estilo “Quem matou Odete Roitman”: Quem será Marília Davice?

Acho que esse é um bom momento para explicar...

Conheci o Beto numa seita sagrada chamada AMAZON, liderada por um seleto grupo de pessoas: a chef de cuisine órfã da Previdência; a nômade em busca da faculdade perdida; a sambista zen, cujo lema é “tipo assim”; o mestre zoador; a promoter-jornalista e a sentinela apátrida.

Pois bem. Sempre gostei de contar causos, o que me mantinha bem-quista na AMAZON. Eis que um dia o Beto me convida:

- Vou te fazer uma proposta: já que você tem tanta história, por que você não escreve pro blog? A gente faz uma coluna sua, que tal?
- Ah, não Beto! Eu não sei contar escrevendo! A graça da minha história vem da sonoplastia, do gestual tipicamente italiano! (para quem não sabe, sou parente distante de Leonardo Da Vinci)
- Tenta, depois a gente vê o resultado.
Fui para casa pensando, resolvi perguntar a opinião da minha mãe:
- Mãe, o que você acha de eu escrever prum blog?
- Quem é Bob? Trabalha com você?

Bem, o resto da história vocês já conhecem. O Beto comenta, eu aprecio (um pouquinho), e a gente vai encarando com bom humor as agruras e maluquices do cotidiano.