24 novembro 2002

High society

No Jornal O Globo de sábado, coluna da Hildegard Angel, o registro de um jantar na casa do diretor da Rede Bandeirantes de Televisão no Rio para a governanta eleita, Dona HorroRosinha Garotinho, especialista em processar jornalistas daquele tablóide.

Na matéria, a Hildezinha tentou dar um toque sofisticado ao regabofe-puxa-saquismo, mas parece que o treco desandou, como se pode observar em alguns trechos da cobertura:

* “Marcado para as 19h30min, Rosinha e Garotinho chegaram às nove e meia”; (isso é que é pontualidade britânica do casalzinho)

* “Quinze minutos depois, foi servido o jantar. Que constou, não de 40 comensais, como estava previsto, mas de 41 à mesa. Garotinho, que tinha avisado que não iria, à última hora mudou de idéia e telefonou quando já estava a caminho”; (tudo conforme manda os ensinamentos dos livros de etiqueta social – dizer que não vai e aparecer em cima da hora – alguém poderia acreditar que o Pivetinho iria perder essa bocada?)

* “Heleninha, anfitriã traquejada, que, na mesma hora, empurra de cá, espreme de lá, conseguiu colocar mais uma cadeira”; (resolveu tudo ao velho estilo água-no-feijão-que-chegou-mais-um)

* “Rosinha tinha, à direita, o dono da casa, Petraglia, e à esquerda, o Johnny Saad, dono da Rede Bandeirantes;” (na legenda da foto, as posições estão invertidas)


Vejam como os diretores da Band espremeram a HorroRosinha na cabeceira da mesa, somente pra ficarem bem juntinho dela. Babar o ovo é isso. E olha que ela nem tem...

* “Por distração de Heleninha, que se esqueceu de mandar quarar as luvas amareladas do enxoval da casa, os oito garçons não as calçaram”; (que pobreza! A socialite só tem oito míseros pares de luvas e ainda por cima amareladas? Putz, o ditado lá deve ser: a gente é rico, mas a gente é sujinho!)



* “Garotinho parecia tenso, apesar de vestir-se bem descontraído, camisa esporte, modelo lula-de-antigamente. O convite pedia passeio completo”; (o Pivetinho, além de ir como penetra, ainda o foi mal vestido)


Não sei por que, mas essa narrativa me fez lembrar daquele filme “Um convidado bem trapalhão”, com o Peter Sellers.

A Hildezinha é mal. Pega um, pega geral. Detonou com o jantar da turma da Band e com a família Matheus. Queria ver ela fazer isso com os jantares promovidos pelo Dr. Roberto.