23 novembro 2002

Epidemia



Jamais poderia imaginar que um simples post pudesse gerar um movimento nacional. Quando falei sobre aquele assaltante em forma de restaurante a quilo, comentei sobre uma tal de bala Chita que meu amigo apanhou na saída do assalto.

Pois a Paula leu, se interessou, fez uma pesquisa e escreveu um post sobre a maldita balinha no seu blog. Pra quê? Foi uma enxurrada de comentários. Pensei que só houvesse fanáticos por artistas e cantores. Que nada, tem doido pra tudo. Até site criaram em defesa da guloseima.

E não ficou só nisso. O pessoal começou a se animar e quase houve casos de regressão ao útero materno. Lembra da bala Juquinha? Lembra do pirulito Zorro? E por aí vai.

Os críticos da internet vivem dizendo que ela não serve pra nada. Como não? Um assunto como esse, polêmico, que mexe com toda a estrutura da nação, bastaria pra derrubar qualquer reles argumento da crítica especializada.

Pelo menos fico feliz de ter provocado essa movimentação toda em torno das lembranças adocicadas da nossa juventude.

Porque os jovens de hoje, provável e infelizmente, daqui a alguns anos escreverão em seus futuros blogs sobre outros tipos de balas.

As perdidas.