24 julho 2003

Se a canoa não virar...

* A Barcas S/A, concessionária responsável pelas barcas que fazem a travessia Rio-Niterói, preocupada exclusivamente com a segurança e o conforto de seus milhares de passageiros diários, resolveu renovar sua frota, adquirindo o que há de melhor e mais moderno em termos de transporte marítimo, solucionando de uma vez por todas os constantes incidentes com suas embarcações:



Na hipótese improvável, raríssima e impossível de a barca ficar à deriva em plena Baía de Guanabara por longas horas, a embarcação possui um recurso técnico inovador e exclusivo constituído de flutuadores em razão de nevoeiro ou detritos na água. Para realçar o aspecto segurança, reparem que a empresa ainda disponibilizou coletes salva-vidas para todos os passageiros.

E ainda tem gente que reclama da qualidade do serviço prestado...

* Além dessa providência, a Barcas S/A vai estabelecer uma joint-venture (morra de inveja, Miriam Leitão!) com a General Motors do Brasil para que ela produza, além do automóvel "Meriva", a barca "Deriva".


URGENTE! URGENTE!

Notícia da hora: A canoa virou...



Aquela hipótese “improvável, raríssima e impossível” de (novamente) a barca ficar a deriva, infelizmente ocorreu logo na primeira viagem. Segundo a assessoria de imprensa da concessionária, o “recurso técnico inovador e exclusivo constituído de flutuadores” funcionou a contento, mantendo a embarcação flutuando.

O irrelevante fato de a barca ter sido encontrada perto de Miami, nos Estados Unidos, como noticiou várias Agência internacionais, será objeto de rigoroso inquérito para ser apurar e punir também rigorosamente os culpados.

Para tranqüilidade dos familiares dos passageiros, a incansável assessoria de imprensa da Concessionária informa ainda que já foi providenciado o traslado dos mesmos, num jumboquete, ops, Jumbo Cat especialmente contratado para tal. Com todo respeito, claro.