01 abril 2005

Exclusivo

Dois dedos de prosa (com trocadilho, por favor) com o deputado baiano Manoel Isidório de Santana, o Sargento Isidório do PT, logo após o seu discurso contra o exame de próstata no plenário da Assembléia Legislativa:



Deputado, por que um discurso tão ardoroso e inflamado contra o exame?

- Discurso ardoroso e inflamado? Ardoroso e inflamado estão o meu fiofó...


O exame realmente dói, Sargento Isidório?

- Se dói? Isi dói, isi dói muuuuuito.


Durante o discurso, por que Vossa Excelência não permitiu um aparte?

- Eu vi vários deputados no plenário com os dedos pra cima. Achei que estavam me gozando.


Quando o senhor era policial militar, nunca fez o exame?

- Não e ainda bem que não o fiz. Se com o dedo já foi angustiante, imagina com um cassetete...


Angustiante?

- Ânustiante...


Depois de 25 minutos discursando em pé, o senhor não quer se sentar um pouco durante a entrevista?

- Infelizmente, num dá...


É verdade que o senhor quase desmaiou durante o exame?

- Sim, é verdade. Curvado pra frente, se o médico não estivesse atrás de mim, me segurando firmemente com as duas mãos nos meus ombros, acho que eu teria tido um piripaque durante o exame.


O senhor não sabia como era o exame? Ninguém lhe deu um toque antes do exame?

- Não, ninguém me deu um toque antes, o único toque foi durante...


A sua carreira política não pode ficar prejudicada com essa abundância de notícias sobre o episódio?

- No momento, a minha abundância é que está prejudicada...


Na sua vida parlamentar, o senhor sempre teve um comportamento ético e reto. Como será de agora em diante?

- Em relação ao ético, tudo bem. Quanto ao reto, eu não sei como ele vai se comportar.


O médico foi muito duro com o senhor?

- Duro foi o dedo dele...


E por que Vossa Excelência não fez valer as suas prerrogativas?

- Na hora lá, eu não tinha prerrogativas. Eu tinha apenas as minhas pregas ativas...


O senhor reclamou que, após o exame, o médico abriu a porta e chamou o próximo paciente. Simples assim?

- Isso me magoou muito. Ele me mandou embora como se nada tivesse acontecido. Depois de tudo, nem uma palavra, um telefonema, uma carta, um e-mail...



* Nas próximas eleições, o Sargento Isidório vai fazer campanha pedindo que todo mundo bote nele.

* Caso o nobre parlamentar me permita um aparte, eu gostaria de dar um toque (sem trocadilho, por favor). Se eu fosse vossa excelência, aproveitaria o ensejo e lançaria no mercado um novo tipo de medicamento:

O SUPOSIDÓRIO SARGENTO.
.

Nenhum comentário: