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Dois dedos de prosa (com trocadilho, por favor) com o deputado baiano Manoel Isidório de Santana, o Sargento Isidório do PT, logo após o seu discurso contra o exame de próstata no plenário da Assembléia Legislativa:
Deputado, por que um discurso tão ardoroso e inflamado contra o exame?
- Discurso ardoroso e inflamado? Ardoroso e inflamado estão o meu fiofó...
O exame realmente dói, Sargento Isidório?
- Se dói? Isi dói, isi dói muuuuuito.
Durante o discurso, por que Vossa Excelência não permitiu um aparte?
- Eu vi vários deputados no plenário com os dedos pra cima. Achei que estavam me gozando.
Quando o senhor era policial militar, nunca fez o exame?
- Não e ainda bem que não o fiz. Se com o dedo já foi angustiante, imagina com um cassetete...
Angustiante?
- Ânustiante...
Depois de 25 minutos discursando em pé, o senhor não quer se sentar um pouco durante a entrevista?
- Infelizmente, num dá...
É verdade que o senhor quase desmaiou durante o exame?
- Sim, é verdade. Curvado pra frente, se o médico não estivesse atrás de mim, me segurando firmemente com as duas mãos nos meus ombros, acho que eu teria tido um piripaque durante o exame.
O senhor não sabia como era o exame? Ninguém lhe deu um toque antes do exame?
- Não, ninguém me deu um toque antes, o único toque foi durante...
A sua carreira política não pode ficar prejudicada com essa abundância de notícias sobre o episódio?
- No momento, a minha abundância é que está prejudicada...
Na sua vida parlamentar, o senhor sempre teve um comportamento ético e reto. Como será de agora em diante?
- Em relação ao ético, tudo bem. Quanto ao reto, eu não sei como ele vai se comportar.
O médico foi muito duro com o senhor?
- Duro foi o dedo dele...
E por que Vossa Excelência não fez valer as suas prerrogativas?
- Na hora lá, eu não tinha prerrogativas. Eu tinha apenas as minhas pregas ativas...
O senhor reclamou que, após o exame, o médico abriu a porta e chamou o próximo paciente. Simples assim?
- Isso me magoou muito. Ele me mandou embora como se nada tivesse acontecido. Depois de tudo, nem uma palavra, um telefonema, uma carta, um e-mail...
* Nas próximas eleições, o Sargento Isidório vai fazer campanha pedindo que todo mundo bote nele.
* Caso o nobre parlamentar me permita um aparte, eu gostaria de dar um toque (sem trocadilho, por favor). Se eu fosse vossa excelência, aproveitaria o ensejo e lançaria no mercado um novo tipo de medicamento:
O SUPOSIDÓRIO SARGENTO.
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