28 novembro 2003

Resumo

Hoje, tem de tudo. Novela, textos, apreciações da Marília e até um aniversário. Kit completo.



Blogvela





Vôo do inferno

Por causa de um atraso de quatro horas no embarque para o vôo Lisboa-Rio pela TAP, um bebê de nove meses ganhou na justiça, a título de danos morais, uma indenização de trinta e seis mil reais.

O moleque chorou durante as doze horas do vôo!

E os demais passageiros que quase tiveram os tímpanos arrebentados com o berreiro histérico da amável criança durante a viagem não vão ser indenizados?



Igual

É impressão minha ou qualquer programa da Regina Casé sempre parece o mesmo, independente do nome que tenha?



Hora certa

Os cariocas que trabalham no centro da cidade estão adotando uma rotina muito parecida com as das cidades de Manaus e Belém. Lá, as pessoas sempre marcam encontros pra depois da chuvarada que cai religiosamente no mesmo horário.

Aqui, o pessoal agenda tudo pra depois da porradaria diária entre a guarda municipal e os camelôs.



Sem cena

Assim como o Artur Xexéo, eu também não vejo novela. Mas outro dia, eu assisti ao capítulo da novela Celebridade em que aconteceu o acidente com um dos filhos do Marcos Palmeira.

Momento pra arrebentar com a audiência: o jovem filho do protagonista da novela sofre trágico acidente de barco, morrendo dias depois no hospital.

Tinha tudo pra ser perfeito, mas faltou um pequeno e insignificante detalhe: NÃO MOSTRARAM A CENA DO ACIDENTE!!!

Faltou grana, preguiça pra gravar a cena ou será a volta do estilo radiofônico de apresentar novela em que o ouvinte usava da imaginação para “ver” a cena?



Aviso

Colado na parede da filial das Casas Sendas no Largo do Machado (RJ):

“Você pode estar sendo filmado.”

Se adotarem essa mesma linha gerundística, qualquer dia veremos coisas do tipo “você pode estar ficando grávida”, “você pode estar sendo despedido” ou “você pode estar sendo que você pode estar sendo.”





* Primeira aula do professor, ele explica seu método de ensino, em que a cada aula um aluno tem que apresentar um seminário.

- Para a próxima aula, alguém se candidata?

Silêncio geral (é obvio!)

- Então vou ser obrigado a escolher. Já que não tenho chamada, eu vou falar um nome e se tiver alguém na turma que se chame assim, vai ser o escolhido.

Olho para meus amigos, estou cercada por um Rafael, uma Taís, uma Juliana. Começo a zoar:

- Ih, tô tranqüila! Nunca que ele vai chamar meu nome! Já Rafael, Juliana, esses são bem fáceis...

E o professor:

- Vamos lá, pessoal? Deixa eu ver, tem alguma Marília na turma?

* Outro dia, na coluna do Ancelmo Góis, no Globo, saiu a seguinte nota: “O dono da empresa paulista Engine pediu à Telefônica uma nova linha para seu escritório. Para não haver engano, soletrou o nome da firma para a atendente. Quando a conta chegou, acredite, estava assim no destinatário: Engine – Escola Navio Gato Igreja Navio Escola.”

Essa história me fez lembrar um fato ocorrido com uma amiga que, após alguns sofridos minutos tentando resolver um problema pelo telemarketing, se cansa do atendimento anoréxico:

- Tudo bem, deixa pra lá, vou resolver de outra forma.
- A senhora deseja mais alguma informação?
- Desejo. Para ser operador de telemarketing tem que ser burro?
- Nem sempre, senhora. Mais alguma informação?

* Nos velho tempos, para ser taxista (ou chofer de praça, para ficar mais de acordo com a época) havia uma prova para saber se o candidato conhecia direitinho os caminhos.

O examinador começa a inquirição:

- O senhor está na Central, o passageiro quer ir para a Praça Mauá. Que caminho o senhor faz?
- Sigo por trás da Central, entro na Rua do Acre...
- A Rua do Acre está interditada. O que o senhor faz?
- Só se fecharam agora! Acabei de passar por lá e o caminho estava livre...



Iiiiiiiiiiiiiiiissa!

No local de trabalho, com o originalíssimo lema “Mexa-se”, termina hoje a “Semana da Saúde” realizada no térreo do prédio, onde foram instaladas diversas cabines pra que os funcionários pudessem fazer teste de glicose, medir a pressão, examinar a postura corporal e receber instruções sobre alimentação. Pra motivar a galera, quem participasse de pelo menos três exames recebia como brinde, encartes, camiseta, caneta e garrafinha de plástico.

Pra saber como estava a sua saúde, você tinha que ficar em pé durante um bom tempo nas filas de espera pro atendimento (o que desmoralizava o lema da campanha, pois a única coisa que você não podia fazer era se mexer) num local abafado e sem ventilação adequada.

Ou seja, sua pressão subia, sua postura ia ficando cada vez mais torta depois de um tempão em pé na fila, sua taxa de glicose diminuía consideravelmente e a fome mandava picar em pedacinhos o folheto com dicas de inanição da nutricionista.

Pra vocês verem como tudo foi bem planejado, a tal “Semana da Saúde” começou na quarta-feira. Uma semana de três dias.



Niver

Hoje, a filhota mais nova faz oito anos. Em homenagem a Debinha, um diálogo moderno travado outro dia com ela:

- Pai, o que você achou do meu desenho?
- Bonito?
- Não...
- Diferente?
- Não...
- Ah... Bacana?
- Não, pai...
- Deixa eu ver... Beleza?
- Pai!
- Peraí... Já sei. Maneiro?
- Pô, pai. Sinistro, né?

Pai burro...



Campanha

Declaração de voto: “Vota no papai lá no Ibest pra ele melhorar o meu presente”.

Vocês não vão magoar uma criança, vão?